Educar, mediar e interagir

Os processos de ensinar e aprender são eminentemente humanos e só se realizam por meio do estabelecimento de relações entre as pessoas. Hoje, os grandes teóricos da educação enfatizam que a interação é a chave do processo de aquisição de conhecimento. As escolas precisam ser grandes laboratórios em que as relações humanas sejam privilegiadas, as interações aconteçam, as trocas existam e a experimentação seja uma constante.

Se o conhecimento é processo, já não cabe a mera transmissão de saberes prontos como se fossem verdades imutáveis. Não podemos reproduzir o modelo em que o aluno seja apenas passivo e sem vida dentro da escola. O silêncio não pode ser uma constante, porque demonstra essa falta de interação entre os atores do ato educativo. Quando for conhecer uma escola, perceba se ela é viva, interativa (e, por consequência, pedagogicamente barulhenta com discussões, reflexões e olhos brilhando). Só assim você vai perceber se a interação é uma premissa de fato.

O professor precisa assumir outra postura, a de mediador entre o conhecimento e os alunos. Os jovens têm acesso à informação das mais diversas maneiras, lidam com muita facilidade com as mais variadas tecnologias, mas nem sempre conseguem organizar, significar as várias informações. Mas mediar não é tarefa fácil, o professor precisa estar preparado para isso, deve conhecer as melhores técnicas que favoreçam uma interação orientada, objetiva, com foco na aprendizagem. Por isso nunca o professor foi tão necessário como hoje! É a ele que cabe o papel de ajudar os jovens a organizarem as informações e transformá-las em conhecimentos, necessários para compreender e transformar a sociedade atual.

É somente dessa forma que conseguiremos realizar uma educação efetiva, quando as interações forem privilegiadas, quando a escola se tornar de fato um ambiente que privilegie a interação e, por fim, quando professor compreender seu papel como mediador.

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