Elisa Flemer: a menina que desafiou a educação tradicional

O caso: Elisa, 17 anos, é apenas um dos casos que ganhou notoriedade. Temos muitos e muitos outros no anonimato. Cansada das aulas tradicionais do ensino médio (em 10 min eu lia o assunto, compreendia e ficava o resto da aula olhando para as paredes), Elisa desistiu da escola. Por sua vez, a escola, muito antes, já tinha desistido da Elisa que estava fora dos seus padrões. Protagonista, desenvolveu metodologia própria, estudou em casa, fez vestibular, conquistou o 5º lugar no curso de engenharia civil da Escola Politécnica da USP e precisou recorrer à justiça para ter o direito à matrícula. No congresso tramita um projeto para regularizar no Brasil o denominado ‘homeschooling’. Com a Pandemia esse tema ganha, cada vez mais, força. 

A reflexão: Cada vez mais, é visível que o sistema de educação tradicional, ou linear, está sendo questionado. Hoje todo lugar é lugar para estudar e para aprender. Não há mais lugar físico determinado. O professor tem um novo papel de mediador e precisa se rever. A tecnologia pode ser, não necessariamente, uma estratégia. Como humanos aprendemos no gerúndio (identificando, analisando, fazendo, exercitando, resolvendo, aplicando…) e não como a escola ainda propõe (ouvir, memorizar, decorar, repetir…). Somos por natureza curiosos. Aprender exige protagonismo e não passividade.Para pensar: Será que não chegou a hora de repensar a cultura na qual a escola é o único lugar aonde se aprende? Será que a rigidez dos sistemas educacionais não precisa ser revista para oportunizar a jovens como Elisa poderem ver reconhecidas suas competências e não apenas seus certificados e diplomas?

Abrir bate-papo
Olá 👋
Podemos ajudá-lo?