Quando anos atrás buscávamos conhecer as inovações pedagógicas e administrativas que estavam sendo prospectadas, por exemplo, em Singapura e Finlândia, países na vanguarda na educação, muito nos chamava a atenção sobre a arquitetura dos espaços escolares. Espaços integrados, com inúmeras estratégias para incentivar o estudo e a cooperação entre os estudantes de vários níveis e idades. Espaços múltiplos que simulavam a vida em sociedade fora das escolas e incentivavam a criação, provocavam desafios constantes das crianças. Além destes espaços e ambientes totalmente diferentes das nossas escolas e faculdades, também chamava a atenção o cuidado com a escolha das cores dos espaços, respeitando as idades das crianças, fator esse, como sabemos, contribui e muito para o bem estar e a motivação dos estudantes.
Olhando agora para a realidade brasileira, percebemos, em grande parte, que os espaços das escolas e faculdades ainda estão presos a salas de aula quadradas ou retangulares, cores brancas, com carteiras em fileira, uma atrás da outra, todos olhando para o professor e o famoso quadro verde, ou para uma tela de data show, etc. Claro que não adianta pensar em modificar os espaços escolares se não nos preocuparmos com a mudança da concepção pedagógica ainda centrada no transmitir e repetir informações. No entanto, provocar uma mudança significativa na arquitetura dos espaços escolares pode ser um bom começo e abrirmos nossos horizontes para novas concepções e práticas pedagógicas que sejam mais humanas.
Para quem tem interesse neste tema, sugerimos acessar o site https://www.archdaily.com.br/br/978630/projetando-uma-escola-no-brasil-ideias-e-solucoes-contemporaneas.
Para finalizar: Já pensaram em uma escola, em uma faculdade assim, inclusive salas de aula sem quadro verde, ou branco…? Como vemos no vídeo, mesmo os prédios atuais poderiam ser mais humanizados. E o custo? Dados colhidos dão conta que o custo para a construção dos tradicionais prédios e a construção dentro desta modelagem inovadora não tem diferença. Em muitos casos, os custos são, inclusive, menores. Vamos pensar nisso?