Educação: o grande desafio da transformação

Temos andado por esse país ouvindo professores, diretores, secretários de educação entre outros. Em vários casos, tentamos exercitar com os profissionais da educação coisas simples, práticas, todas já de forma extenuante praticadas por nós e com resultados promissores em escolas e faculdades nos diversos Estados do Brasil. Enquanto ficamos no nível da discussão teórica as coisas andam muito bem. As pessoas puxam teóricos de várias vertentes e épocas. É um delírio! Quando fazemos uma ou outra palestra aonde as pessoas estão sentadas ouvindo, parece que a mudança está consolidada. Ufa, agora vai!!

 No entanto, quando vamos para formações e exercícios de aprofundamento, colocando a mão na massa no cotidiano das escolas e faculdades, as coisas mudam. Muitos desistem, outros fazem por fazer e os poucos que se lançam efetivamente à transformação, conseguem mudar as escolas, faculdades e suas práticas pedagógicas, trazendo novamente sentido para o seu fazer e sentido para o aprender dos estudantes. No entanto, esses, infelizmente, são muito poucos!

Diante destas vivências nos pomos a pensar: Por que nós seres humanos somos tão resistentes às mudanças, mesmo tendo comprovado de inúmeras maneiras que o modo como sempre fazemos as coisas já não responde mais as missões às quais nos propomos? Por que a educação é a área aonde a resistência mais se manifesta? Por que procuramos todo tipo de artifício para deixar tudo como sempre foi, mesmo que as pesquisas sobre a mente humana, em especial da neurociência, já tenham comprovado que a maneira como o ser humano aprende e se motiva está longe deste modelo de repetir teorias desintegradas da vida real? 

Bem, deixamos aqui indagações para a reflexão de cada um. No entanto, para nós, está cada vez mais claro que o atual modelo repetidor de teorias está falido. Se não sairmos dos belos discursos para as profundas mudanças que se fazem necessárias, certamente seremos uma geração de educadores que não deixarão saudades.