Estamos em mais uma semana da pátria, a tradicional semana da independência do Brasil. Ser livre é o desejo de todo ser humano e de toda nação. As nações mais desenvolvidas são exemplo de que a liberdade individual e coletiva de uma nação passa pela elevação cultural do seu povo. E nesse campo, infelizmente, estamos cada vez mais dependentes.
No contexto educacional podemos nos comparar ao estágio de desenvolvimento de uma criança ou no máximo de um adolescente se tomarmos como base as nações desenvolvidas. Nos últimos anos o acesso de todos à educação formal foi e está sendo a grande preocupação. Isso é positivo, por um lado. Mas vemos poucas efetivas ações em qualificar a educação. Até temos razoável % de pessoas com acesso à educação, mas sofrível em termos de qualidade da formação.
Discutimos que sempre mais pessoas tenham acesso ao ensino superior, por exemplo. No entanto, desde 1993, investigo e acompanho o sistema de educação da Alemanha, por exemplo, e percebo que os seus egressos dos cursos profissionalizantes, na maioria dos casos, saem muito mais capacitados, seja como pessoas ou profissionais, do que os nossos egressos das faculdades e até mestrados e doutorados. Exemplo disso é o resultado das avaliações internacionais nas quais estamos sempre nos últimos lugares.
Urge, portanto, continuar com a preocupação para que todos tenham acesso à educação. No entanto, urge muito mais pensar na qualidade da formação das pessoas. A formação inicial dos nossos professores e a estrutura curricular e de gestão das escolas e faculdades precisam ser revistos urgentemente.
Portanto, uma nação independente se faz com pessoas independente, pensantes, reflexivas, com alto nível cultural. Logo, estamos ainda distantes do que poderíamos chamar de um país independente!