No dia a dia somos movidos por curiosidades, necessidades, dificuldades, problemas, desafios, desejos…e recorremos às experiências, conhecimentos acumulados por toda a vida por nós ou pela ciência, para analisar e refletir essas situações e conseguirmos compreender o nosso entorno, solucionar e superar os problemas e desafios. Assim é a vida humana. Curiosidades e desejos não atendidos necessitam de respostas. Necessidades, dificuldades, problemas, desafios precisam ser superados. Assim, também, funcionam os cientistas: defrontam-se com problemáticas, curiosidades…acionam os conhecimentos existentes, criam novos e contribuem com possíveis respostas e soluções através de fórmulas, leis e conceitos e, dessa forma, é que surgem as teorias, ainda que temporárias. Também é assim que aprendemos e é assim que evolui, de teoria em teoria nova, a humanidade.
No entanto, na escola e na faculdade, espaços formais para aprender, a situação é ainda, na grande maioria dos casos, diferente. Ali, definimos uma relação de teorias que são transmitidas aos estudantes, por eles memorizados, decorados e repetidos. Ou seja, estamos na contramão do aprender. Talvez isso explique a distância entre o que se aprende na escola, na faculdade e a vida real. Talvez isso explique por que tantos profissionais saem das faculdades e não conseguem responder aos desafios, às necessidades, aos problemas da sua profissão. Talvez isso explique por que tanta indisciplina dos estudantes, tanta falta de motivação, tanta desistência nas escolas e faculdades.
Será que não está na hora de tornar as escolas e faculdades locais de novas aprendizagem?